Categoria: Saúde

  • Microtraições no mundo digital: análise do psicólogo Renan Santana sobre os novos limites da fidelidade

    Microtraições no mundo digital: análise do psicólogo Renan Santana sobre os novos limites da fidelidade

    No universo acelerado das redes sociais, onde a interação acontece em segundos e a atenção se tornou um recurso raro, comportamentos aparentemente inocentes — como curtidas estratégicas, conversas discretas e interações fora de hora — vêm ganhando novo peso dentro dos relacionamentos. São as chamadas microtraições, um fenômeno cada vez mais comum e que, segundo o psicólogo e neurocientista Renan Santana, revela muito mais sobre nossa sociedade do que sobre o “certo ou errado” no amor.

    Curtidas, DMs e segredos: quando um gesto vira sinal de alerta

    De acordo com Renan, uma curtida isolada não tem poder de destruir um relacionamento. O problema surge no padrão: quando as interações são repetidas, direcionadas e carregadas de intenção.

    “Não é a curtida em si, mas o contexto”, afirma.

    Para ele, a maturidade relacional exige o equilíbrio entre liberdade e responsabilidade. “Não dá para transformar o amor em vigilância”, destaca o psicólogo. Por outro lado, esconder conversas ou manter interações que precisam ser ocultadas já indica outro tipo de movimento: o da quebra de confiança.

    O que realmente machuca: o ato, a intenção ou o segredo?

    Renan explica que, para a maioria das pessoas, o impacto emocional não está na ação, mas no significado que ela carrega: medo de substituição, insegurança, sensação de competição por atenção.

    “Curtidas e mensagens são sintomas. A dor mora na interpretação”, pontua.

    Para ele, controlar o outro é o caminho mais rápido para romper o vínculo. “O amor saudável não exige fiscalização — exige escolha diária.”

    Quando a conversa online evolui para algo maior

    Segundo o especialista, a evolução de uma interação digital para um envolvimento emocional mais profundo costuma acontecer em períodos de vulnerabilidade: desgaste do casal, rotina pesada ou sensação de desatenção.

    “A pessoa passa a buscar no digital o que sente falta em casa: validação, presença emocional, alguém que a veja”, explica.

    Muitas vezes, o encontro presencial, quando acontece, decepciona: “O prazer estava na fantasia, não na realidade.”

    A dopamina como combustível da atenção digital

    O vício por curtidas e mensagens não é mera fragilidade humana. Renan lembra que as plataformas foram desenhadas para isso.

    “Cada notificação ativa o sistema de recompensa do cérebro. É o mesmo mecanismo de vícios comportamentais”, diz.

    A lógica é clara: quanto mais tempo o usuário permanece conectado, mais valioso ele se torna para o mercado digital. O resultado? Uma dependência emocional crescente por validação externa.

    Microtraição é desejo pelo novo — ou fuga de desconfortos internos?

    Para Renan, ambos.

    O cérebro busca novidade, e relacionamentos estáveis inevitavelmente se tornam previsíveis. Ao mesmo tempo, as redes servem como anestesia emocional para quem tenta fugir de frustrações, solidão ou ansiedade.

    “Muitas microtraições revelam menos sobre atração pelo outro e mais sobre o que falta no vínculo principal — ou dentro da própria pessoa.”

    Sinais sutis de que alguém está cruzando a linha emocional

    Nem sempre há mudanças drásticas, mas Renan aponta indícios comuns:

    • cuidados excessivos com privacidade digital;
    • longos momentos isolado com o celular;
    • conversas mais rasas no relacionamento;
    • queda da intimidade;
    • busca crescente por reforço emocional fora da relação.

    O psicólogo reforça que a reação ideal não é acusar, e sim abrir espaço para diálogo maduro. “Às vezes, uma conversa honesta é o que impede uma traição de nascer.”

    Os novos limites da fidelidade

    Para Renan, a noção de fidelidade está sendo atualizada à força.

    “Ainda estamos presos ao amor romântico, que prega exclusividade total. Mas isso não combina com o mundo hiperconectado de hoje”, afirma.

    Ele defende que cada casal precisa construir seus acordos: o que significa fidelidade para nós?

    Curtir é permitido? Conversar com ex é aceitável? Manter amizade com alguém que já demonstrou interesse é saudável?

    “Não existe contrato universal. Existe o que funciona para duas pessoas específicas.”

    Homens e mulheres: ainda existe diferença nas microtraições?

    Renan explica que a diferença não está na biologia, mas na cultura.

    “Houve uma socialização desigual, mas isso vem mudando. Hoje, homens e mulheres vivem desejos e deslizes de forma muito mais parecida.”

    Como discutir limites sem moralismo e sem relativizar tudo?

    O caminho é o diálogo transparente, baseado em valores e não em regras rígidas.

    “Importar um modelo pronto é receita para desastre”, diz Renan.

    O psicólogo defende um amor livre e responsável: livre porque é escolha; responsável porque reconhece o impacto das próprias ações no outro.

    Um desafio da era digital

    Para Renan Santana, microtraições são sintomas de um tempo acelerado, de abundância e de conexões superficiais.

    “O verdadeiro desafio não é vigiar quem amamos, mas sustentar liberdade e vínculo ao mesmo tempo. Isso exige presença, conversa e maturidade emocional.”

  • OAB-Rio e INCA promovem encontro sobre saúde, direito e diversidade com foco no câncer de mama

    OAB-Rio e INCA promovem encontro sobre saúde, direito e diversidade com foco no câncer de mama

    A OAB-Rio, sob a presidência de Ana Tereza Basilio, primeira mulher a comandar a instituição em sua história, promove no dia 30 de outubro o encontro “Saúde, Direito e Diversidade: olhares integrados para o câncer de mama”. O evento será realizado no Hospital do Câncer III (HC3), unidade do Instituto Nacional de Câncer (INCA) localizada em Vila Isabel, e reunirá autoridades, profissionais de saúde, advogados e representantes do sistema de justiça para discutir os desafios enfrentados por pacientes oncológicos, com ênfase na população LGBTQIA+.

    A aproximação entre a OAB-Rio e o projeto Corrente Renascer teve origem em discussões sobre barreiras enfrentadas pela população LGBTQIA+ no acesso à saúde. Iris Bazilio, que integra a Comissão da Diversidade da OAB-Rio, levantou a questão de que pessoas trans encontravam dificuldades para agendar exames no sistema público de saúde devido a incompatibilidades entre nome social e procedimentos médicos necessários.

    “O SISREG não aceita, por mais que tenha a lei da questão do gênero e tudo, a lei federal, o SISREG não entende que João de Deus tem vagina e precisa de uma ultrassonografia vaginal. Então ele não dá essa opção. Então a pessoa só consegue fazer se ela não usar o nome dela”, explica Iris Bazilio em depoimento sobre o problema que motivou sua entrada na comissão.

    A partir desse diálogo com Nélio Georgini, surgiu a ideia de realizar um evento que unisse saúde, direito e diversidade, com foco no câncer de mama. O diretor da Pasta da Diversidade da OAB-Rio sugeriu que fosse criado um momento especial para apresentar o aplicativo à sociedade, ampliando seu alcance e credibilidade. A proposta foi abraçada pela presidente Ana Tereza Basilio, que viu na iniciativa uma oportunidade de fortalecer o papel social da OAB-Rio. 

    O encontro é uma realização conjunta da OAB-Rio, através da Diretoria de Defesa da Diversidade, comandada por Nélio Georgini, e do INCA, com apoio do Ministério da Saúde e do Sistema Único de Saúde (SUS). A iniciativa reflete o compromisso da atual gestão da OAB-Rio com pautas de inclusão, equidade e acesso à saúde, marcando uma atuação pioneira da advocacia carioca em temas que envolvem direitos humanos e diversidade no contexto oncológico.

    A programação híbrida, com transmissão ao vivo pelo YouTube, permitirá ampla participação de profissionais de saúde, estudantes e pacientes interessados em compreender melhor os aspectos legais, médicos e sociais relacionados ao câncer de mama e à inclusão de grupos vulneráveis no sistema de saúde.

    Mesa-redonda de abertura com autoridades

    A abertura do evento, às 9h, contará com a presença de personalidades de destaque no cenário da saúde e da justiça. Ana Tereza Basilio, presidente da OAB-Rio, abordará os aspectos legais e o direito das pessoas com câncer, reforçando o papel da advocacia na defesa de garantias fundamentais.

    Roberto de Almeida Gil, diretor-geral do INCA, discutirá os desafios da diversidade e inclusão dentro da instituição, uma das principais referências em oncologia do país. Marcelo Bello, diretor do Hospital do Câncer III, apresentará os avanços, desafios e a importância da prevenção e cuidado no câncer de mama.

    A desembargadora Cristina Teresa Gaulia trará a perspectiva do Judiciário sobre a voz à diversidade na justiça, enquanto Nélio Georgini, diretor da Pasta da Diversidade da OAB-Rio, falará sobre inclusão, equidade e direitos da população LGBTQIA+ no acesso à saúde. Márcia César Aragão, chefe da Divisão de Enfermagem do HC3, abordará os desafios para a equipe de enfermagem no cuidado inclusivo oncológico. A moderação ficará a cargo de Iris Bazilio, enfermeira do INCA e da UFRJ.

    Painéis temáticos e debates especializados

    A programação está estruturada em três painéis temáticos que abordarão diferentes aspectos do cuidado oncológico integrado. O primeiro painel, “Saúde Integral”, acontece às 10h e discutirá a trajetória do trabalho ao adoecimento, com participação de Iris Bazilio, terapeuta especialista em oncologia, neurociências e sexualidade, doutora em enfermagem e coordenadora do Ambulatório Online de Sexualidade para pessoas com câncer.

    Também participam deste painel Ana Paula Vechio, médica da saúde do trabalhador no ambulatório de ginecologia da Prefeitura; Pedro Maroun, mastologista do HC3 com mestrado e doutorado pelo IFF/FIOCRUZ e titulado pela Sociedade Brasileira de Mastologia; Janaína Dutra Silvestre Mendes, doutora em radioproteção e dosimetria, pesquisadora do grupo de pesquisa e extensão em gênero e sexualidade em ensino de Matemática (Matematiqueer) e Amanda Costa, advogada especialista em direito médico e saúde, secretária-adjunta da Comissão de Direitos Humanos da OAB-Rio e diretora jurídica da Sociedade Brasileira de Medicina Trans.

    O segundo painel, às 10h30, focará em “Direito e Garantias Legais”, com ênfase nos direitos da população LGBTQIA+. Maria Eduarda Aguiar, advogada do Programa Rio sem LGBTFOBIA e do Centro de Infectologia da Prefeitura do Rio de Janeiro, e Diego Vale de Medeiros, defensor público de São Paulo, trarão suas experiências na defesa de direitos. 

    Já Jordhan Lessa, primeiro servidor público guarda municipal transgênero, escritor e palestrante sobre diversidade e inclusão, compartilhará sua trajetória e Ana Claudia Correia Nogueira, membro da Comissão da Diversidade do INCA, completará o painel. A moderação será de Inez Silva de Almeida.

    O terceiro painel, às 11h, tratará de “Diversidade e Inclusão”, reunindo Carolina Barboza Lima, advogada e mestre em direitos humanos, pesquisadora do grupo Direitos Humanos e Transformação Social da Unirio e diretora de eventos do IAB; Ivo Basilio, coordenador da residência médica em obstetrícia da Maternidade Escola da UFRJ, advogado e doutor em direito, membro da Comissão de Bioética da OAB-Rio; Gabriela Souza da Silva, mestre em direito pelo programa de pós-graduação da Unirio, e Cláudio Nascimento Silva, presidente do Grupo Arco-Íris. A moderação ficará com Carolina Barboza Lima.

    Lançamento do aplicativo

    Durante o evento, às 9h30, será apresentado o aplicativo oncológico Corrente Renascer Viver Superar (RVS), uma plataforma gratuita de apoio multiprofissional para pacientes com câncer. O Corrente Renascer Viver Superar, foi idealizado pela nutricionista Mônica Aquino, que transformou a dor do luto em solidariedade. O Aplicativo Oncológico foi desenvolvido e doado gratuitamente pela empresa WEDOC, com idealização de André Silveira Andrade, diretor da Life Time Pesquisa Clínica através da paciente Jocy. 

     Nélio Georgini destaca que a iniciativa representa “um exemplo de como a tecnologia pode estar a serviço do cuidado humanizado e da garantia de direitos para quem enfrenta o tratamento oncológico”. 

    Um dos momentos mais aguardados será o depoimento de pacientes, programado para às 11h30, com o tema “A fala que ninguém quer escutar”. A intenção é dar voz a quem vivencia diariamente os desafios do tratamento oncológico, incluindo questões relacionadas à discriminação e à falta de acesso a serviços de saúde adequados.

    Compromisso com a inclusão e equidade

    Para Ana Tereza Basilio, o evento representa um marco na atuação da OAB-Rio em sua gestão pioneira. “A advocacia tem o dever de estar presente nos debates que envolvem direitos fundamentais, especialmente quando falamos de saúde e inclusão de grupos historicamente vulneráveis”, afirma a presidente.

    Nélio Georgini reforça que a Diretoria de Defesa da Diversidade da OAB-Rio tem trabalhado ativamente para aproximar o sistema de justiça das necessidades reais da população. “Eventos como esse demonstram que é possível construir pontes entre a saúde e o direito, garantindo que pacientes oncológicos, especialmente da comunidade LGBTQIA+, tenham seus direitos respeitados e acesso digno ao tratamento”, destaca.

    O encontro é uma oportunidade para profissionais de saúde, advogados e estudantes ampliarem seus conhecimentos sobre os desafios enfrentados por pacientes com câncer de mama, além de fortalecer a rede de apoio e solidariedade necessária para um cuidado verdadeiramente inclusivo.

    O evento conta com o apoio institucional do Ministério da Saúde, do Sistema Único de Saúde (SUS), do INCA e da OAB-Rio, além da colaboração de diversas comissões temáticas da advocacia carioca.

    SERVIÇO

    Saúde, Direito e Diversidade: olhares integrados para o câncer de mama

     Data: 30 de outubro de 2025

     Horário: 9h às 13h

     Local: Hospital do Câncer III – Auditório Gama Filho

     Endereço: Rua Visconde de Santa Isabel, 274, 3º andar – Vila Isabel, Rio de Janeiro

     Formato: Híbrido (presencial e transmissão ao vivo pelo YouTube)

     Inscrições: Até 30/10 pelo site: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/eventos/saude-direito-e-diversidade-olhares-integrados-para-o-cancer-de-mama-1   

    Vagas: 30 vagas para público externo e 50 vagas para público interno

  • Metanol e genética: por que a reação ao veneno varia de pessoa para pessoa

    Metanol e genética: por que a reação ao veneno varia de pessoa para pessoa

    genética tem um papel essencial na forma como o corpo reage a substâncias químicas, inclusive ao metanol, composto altamente tóxico presente em bebidas adulteradas e produtos industriais. Embora o consumo acima do limite tolerável possa causar a morte em algumas pessoas e apenas sintomas leves em outras, parte dessa diferença está nos genes.

    Segundo o médico geneticista Salmo Raskin, diretor científico da Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica (SBGM), a explicação está nas enzimas responsáveis por metabolizar o metanol:

    “Após a ingestão de metanol, o organismo libera enzimas que o transformam em uma substância chamada formaldeído, que depois se transforma em ácido fórmico e, por fim, em gás carbônico e água. A quantidade e a velocidade com que essas enzimas vão realizar esse processo e eliminar o metanol do corpo variam conforme a genética de cada um. Logo, quem possui genes que agilizam a degradação do metanol em gás carbônico e água estará menos sujeito a desenvolver quadros severos em comparação a quem demora, e, por isso, acaba acumulando formaldeído e ácido fórmico, que em altas doses são tóxicos.”

    O especialista ressalta que a genética também influencia na resposta ao tratamento:

    “Uma pessoa que geneticamente possui uma metabolização mais lenta na primeira etapa da transformação do metanol em formaldeído pode ter mais vantagem com os tratamentos de intoxicação por metanol. Afinal, eles se valem da administração de antídotos como etanol ou fomepizol para inibir a atividade da enzima e interromper a primeira etapa de transformação do metanol em formaldeído, com a intenção de reduzir a formação dos subprodutos tóxicos.”

    Para o Dr. Raskin, esse é um exemplo prático de como a medicina genômica de precisão pode fazer diferença também em situações cotidianas e emergenciais, permitindo tratamentos personalizados e mais eficazes.

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  • Descoberta do gene FOXP3 rende Prêmio Nobel de Medicina 2025 a trio de cientistas

    Descoberta do gene FOXP3 rende Prêmio Nobel de Medicina 2025 a trio de cientistas

    Prêmio Nobel de Medicina 2025 foi concedido aos pesquisadores Fred Ramsdell, Mary E. Brunkow e Shimon Sakaguchi, por uma descoberta que revolucionou a compreensão do sistema imunológico: o gene FOXP3, identificado como peça-chave na regulação da autoimunidade.

    A história da pesquisa começou em 2001, quando cientistas identificaram o FOXP3 a partir de famílias afetadas pela Síndrome IPEX — uma rara doença genética que atinge principalmente meninos e causa múltiplas doenças autoimunes simultâneas, como diabetes tipo 1, hipotireoidismo, alterações gastrointestinais e de pele.

    Segundo o médico geneticista Salmo Raskin, diretor científico da Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica (SBGM), a descoberta teve impacto profundo na medicina moderna:

    “Os estudiosos concluíram que a proteína produzida por este gene tem papel fundamental na regulação da autoimunidade periférica, que impede o sistema imunológico de atacar os próprios órgãos e causar danos ao corpo”, explica.

    Por muito tempo, acreditava-se que as células imunológicas amadureciam apenas por meio da chamada tolerância imunológica central, processo que elimina células potencialmente perigosas. No entanto, o trabalho dos laureados demonstrou que o sistema é muito mais complexo.

    “Os ganhadores do Nobel identificaram os guardiões do sistema imunológico — as células T reguladoras—, lançando as bases para um novo campo de pesquisa”, completa o Dr. Raskin.

    Essas descobertas abriram caminho para novas abordagens terapêuticas, atualmente em avaliação em ensaios clínicos, com o objetivo de tratar doenças autoimunesaumentar a eficácia contra o câncer e reduzir complicações em transplantes de células-tronco.

    O prêmio reconhece, portanto, um avanço que não apenas explica as origens da autoimunidade, mas tam

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  • SBGM assina manifesto por acesso equitativo à medicina genômica em países ibero-americanos

    SBGM assina manifesto por acesso equitativo à medicina genômica em países ibero-americanos

    A Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica (SBGM) é uma das signatárias de um manifesto internacional lançado durante o 2º Congresso Ibero-americano de Genética Médica e Medicina Genômica, realizado de 8 a 10 de outubro, em Múrcia, na Espanha. O documento alerta para os riscos de desigualdade no acesso à medicina genética e genômica, especialmente entre pacientes com doenças raras nos países ibero-americanos.

    Segundo o texto, a falta de políticas públicas que garantam o acesso equitativo às tecnologias genômicas pode ampliar as desigualdades já existentes entre países e dentro de cada sistema de saúde. O manifesto propõe que governos e instituições priorizem a inclusão dessas tecnologias tanto no diagnóstico precoce quanto no tratamento de doenças genéticas.

    Para a presidente da SBGM, Dra. Ida Vanessa D. Schwartz, o documento reforça um debate urgente:

    “Esse manifesto vai ao encontro do trabalho que a SBGM vem fazendo no Brasil, de alertar sobre a importância de termos políticas de saúde pública que garantam o acesso equitativo a tecnologias genômicas, tanto no que se refere ao acesso à medicação como para o diagnóstico.”

    A SBGM também estará presente no congresso, representada pela vice-presidente, Dra. Angelina Acosta, e pelo diretor científico, Dr. Salmo Raskin, que participam das discussões sobre os desafios e avanços da medicina genômica na América Latina.

    O encontro reúne especialistas, pesquisadores e representantes de associações de pacientes de diversos países, com o objetivo de promover cooperação científica e políticas inclusivas no campo da genética médica.

  • Dra. Luciana Ribeiro se destaca na Bahia com procedimentos estéticos avançados

    Dra. Luciana Ribeiro se destaca na Bahia com procedimentos estéticos avançados

    A busca por autoestima e beleza natural tem levado cada vez mais pessoas a procurarem tratamentos modernos e seguros. Na região Oeste da Bahia, a Dra. Luciana Ribeiro, biomédica esteta com formação nacional e internacional, vem se consolidando como referência em harmonização orofacial e estética avançada.

    Com pós-graduação em Saúde e Estética, a especialista em HOF acumula experiências em renomadas instituições, incluindo cursos no Institut Aria – DF, LET’S HOF Academy/SP, Prospere Instituto Facial/SP, além de certificação internacional em Anatomia no Marc Institute – Miami/EUA. Sua trajetória inclui ainda curso avançado em Harmonização Orofacial na Harvard University (Boston, EUA), somado a diversos congressos e imersões na área.

    Procedimentos oferecidos

    Entre os serviços realizados pela Dra. Luciana, estão:

    • Preenchimento labial e de olheiras;
    • Rinomodelação;
    • Harmonização orofacial Full Face;
    • Fios de PDO;
    • Aplicação de toxina botulínica (Botox);
    • Mento (preenchimento do queixo);
    • Lipo de papada com Endolaser;
    • Tratamento para reparação de tecido;
    • Bioestimuladores;
    • Laser para rejuvenescimento e remoção de pelos;
    • Tratamentos para gordura localizada com aparelhos associados;
    • Preenchimento de glúteo;
    • Ozonioterapia;
    • Soroterapia;
    • Intradermoterapia capilar;

    Além desses, a profissional também realiza procedimentos como microagulhamento, peelings químicos e mecânicos, carboxiterapia, radiofrequência, ultrassom estético, criolipólise e cosmetologia avançada. Todos os tratamentos são personalizados e visam resultados eficazes e naturais.

    Atendimento na região

    Atualmente, a Dra. Luciana Ribeiro atende em duas cidades estratégicas no Oeste da Bahia: Luís Eduardo Magalhães e Barreiras, oferecendo às pacientes da região a oportunidade de realizar procedimentos que antes só estavam disponíveis nos grandes centros.

    Uma carreira dedicada à estética e ao bem-estar

    Com uma trajetória marcada pela atualização constante e pela busca de excelência, a Dra. Luciana alia ciência, inovação e cuidado humanizado para transformar vidas por meio da estética. “Meu propósito é devolver confiança e autoestima para cada paciente, com resultados que respeitem a beleza única de cada um”, afirma.

  • Clínica Elevart lança desafio inovador em formato de reality para auxiliar na perda de peso

    Clínica Elevart lança desafio inovador em formato de reality para auxiliar na perda de peso

    A busca por qualidade de vida e bem-estar ganha um novo capítulo com o lançamento do Desafio Elevart, iniciativa criada pelos médicos Dra. Mariely Helbingen, Dra. Bruna Giovannoni e Dr. Ivan Bottene, sócios da clínica Elevart, em São Paulo.

    O projeto, estruturado no formato de reality show, promete transformar a experiência de quem enfrenta dificuldades no processo de emagrecimento. A proposta vai além da estética: os participantes selecionados terão acompanhamento profissional completo, com foco na saúde, na reeducação alimentar e em estratégias médicas seguras e eficazes para a perda de peso.

    De acordo com os idealizadores, o programa busca não apenas resultados físicos, mas também o fortalecimento da autoestima e a melhoria da qualidade de vida dos participantes. “Queremos mostrar que é possível emagrecer com saúde, de forma responsável e sustentável”, destacam os médicos.

    Para participar, os interessados devem seguir as regras disponíveis nos perfis oficiais da clínica e dos profissionais no Instagram. O reality terá episódios divulgados online, permitindo que o público acompanhe de perto os desafios, os obstáculos superados e, principalmente, as conquistas de cada participante.

    O Desafio Elevart chega como uma proposta inédita no cenário da saúde e do bem-estar, unindo ciência, dedicação médica e inspiração para transformar vidas.

    Confira o primeiro episódio

  • Saúde mental no trabalho: como evitar o burnout em tempos de excesso de demandas

    Saúde mental no trabalho: como evitar o burnout em tempos de excesso de demandas

    Nos dias atuais, o ambiente corporativo se tornou um verdadeiro campo de desafios constantes. Exigências crescentes, prazos apertados e jornadas extensas aumentam significativamente o risco de sobrecarga emocional. Mais do que produtividade, a prioridade deve ser a preservação da saúde mental no trabalho, especialmente diante de sinais de burnout. Este artigo vai explorar estratégias práticas para evitar esse desgaste e manter equilíbrio mesmo em períodos de alta pressão.

    Entendendo o burnout e seus sinais

    O burnout é caracterizado por um estado de exaustão física, emocional e mental, resultante de uma exposição prolongada a situações estressantes no ambiente de trabalho. Segundo especialistas, os sintomas podem variar de cansaço constante a irritabilidade, falta de concentração e até problemas de saúde mais graves, como ansiedade e depressão. Estudos recentes indicam que profissionais que não reconhecem os primeiros sinais têm maior dificuldade em retomar a qualidade de vida e o desempenho profissional.

    É essencial compreender que o burnout não é sinal de fraqueza, mas uma resposta natural do corpo e da mente diante de sobrecarga prolongada. A prevenção envolve tanto ajustes individuais quanto mudanças na cultura organizacional. De acordo com um fonte, empresas que promovem ambientes de apoio e flexibilidade conseguem reduzir consideravelmente os índices de exaustão emocional entre seus colaboradores.

    Estratégias para prevenir o burnout

    Evitar o burnout exige uma combinação de hábitos saudáveis e práticas conscientes no ambiente profissional. Um primeiro passo é estabelecer limites claros entre trabalho e vida pessoal. Definir horários para pausas, evitar responder e-mails fora do expediente e criar rituais de desconexão ajudam a preservar a energia mental. Além disso, priorizar tarefas de forma estratégica reduz o estresse associado à sensação de acúmulo de demandas.

    Outro aspecto importante é cultivar uma rede de apoio, seja com colegas de trabalho, amigos ou familiares. Conversar sobre desafios e sentimentos pode aliviar a carga emocional, além de gerar insights para lidar melhor com situações difíceis. Profissionais que buscam orientação psicológica regularmente relatam maior resiliência diante de pressões constantes.

    O papel da liderança na saúde mental

    A prevenção do burnout não depende apenas do colaborador; a liderança exerce um papel central. Gestores que promovem feedbacks construtivos, valorizam o esforço da equipe e estimulam pausas regulares contribuem significativamente para o bem-estar mental dos profissionais. Criar uma cultura organizacional que reconheça o equilíbrio entre produtividade e saúde emocional é fundamental para reduzir afastamentos e melhorar o desempenho geral.

    Além disso, programas internos de treinamento sobre gestão do estresse e mindfulness têm se mostrado eficazes. Profissionais capacitados para identificar sinais precoces de sobrecarga podem intervir de forma proativa, evitando que situações críticas se consolidem. Para quem deseja se aprofundar, saiba mais sobre iniciativas de empresas que implementaram essas práticas com sucesso.

    Técnicas de autocuidado no cotidiano profissional

    O autocuidado é um aliado poderoso na prevenção do burnout. Atividades simples, como alongamentos, pausas respiratórias e momentos de meditação, ajudam a reduzir tensões acumuladas durante a rotina intensa. Estabelecer metas realistas e celebrar pequenas conquistas também reforça a motivação e diminui a sensação de frustração.

    Incorporar hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, exercícios físicos regulares e sono de qualidade, fortalece tanto o corpo quanto a mente. Profissionais que conseguem equilibrar demandas profissionais com práticas de bem-estar relatam maior clareza mental e capacidade de tomada de decisão. Para informações complementares sobre bem-estar corporativo, é interessante consultar este portal.

    Tecnologia a favor da saúde mental

    Embora a tecnologia possa ser uma fonte de sobrecarga, ela também oferece recursos valiosos para proteção da saúde mental. Aplicativos de gerenciamento de tempo, lembretes para pausas e plataformas de meditação guiada ajudam a criar momentos de desconexão ao longo do dia. Além disso, sistemas de monitoramento de produtividade podem fornecer dados para ajustar a carga de trabalho sem comprometer o equilíbrio emocional.

    Investir em ferramentas digitais adequadas e treinamentos para seu uso consciente é um diferencial importante. Profissionais que conseguem integrar tecnologia e autocuidado relatam uma redução significativa no estresse diário e maior satisfação no ambiente de trabalho.

    Reflexão final

    Cuidar da saúde mental no trabalho não é um luxo, mas uma necessidade para manter qualidade de vida e desempenho sustentável. Compreender os sinais de burnout, adotar hábitos de autocuidado e promover uma cultura organizacional de apoio são passos essenciais. Explore conteúdos adicionais, pratique ações preventivas e mantenha-se atento aos sinais do seu corpo e mente para enfrentar os desafios do dia a dia com mais equilíbrio e bem-estar.

  • Burnout e Hormônios: A nova fronteira do debate sobre esgotamento profissional

    Burnout e Hormônios: A nova fronteira do debate sobre esgotamento profissional

    A síndrome de burnout deixou de ser um termo restrito a consultórios e já é considerada um dos grandes problemas de saúde pública da atualidade. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), trata-se de um distúrbio ocupacional caracterizado por exaustão crônica, redução de desempenho e sentimentos de negatividade em relação ao trabalho.

    Nos últimos anos, o número de afastamentos por esgotamento profissional cresceu de forma expressiva no Brasil, acompanhando a pressão de jornadas intensas, a hiperconexão digital e a dificuldade em separar vida pessoal e carreira.

    Mas especialistas apontam que o burnout pode ter uma dimensão pouco explorada: a influência dos hormônios.

    O Corpo em Colapso O estresse crônico altera profundamente o funcionamento do eixo hormonal. O excesso de cortisol, conhecido como hormônio do estresse, inicialmente mantém o corpo em estado de alerta, mas em longo prazo leva a fadiga, insônia e enfraquecimento do sistema imunológico. Além disso, pode desencadear ou agravar desequilíbrios em outros hormônios, como testosterona, estrogênio, progesterona e os hormônios da tireoide — todos essenciais para energia, foco e equilíbrio emocional.

    A visão do Dr. Danilo Matsunaga O médico endocrinologista e nutrólogo Dr. Danilo Matsunaga destaca que, em sua prática clínica, não é raro encontrar pacientes diagnosticados com burnout que, na verdade, apresentam deficiências hormonais associadas.

    Muitos chegam dizendo que estão esgotados, sem energia e com queda de rendimento. Claro que o contexto de estresse é real, mas ao investigar, vemos que parte desses sintomas está ligada a desequilíbrios hormonais. Corrigir essas deficiências pode transformar o resultado do tratamento”, afirma o especialista.

    Matsunaga reforça que não se trata de reduzir o burnout a uma questão médica isolada, mas de ampliar a visão.

    Psicoterapia, mudanças de rotina e gestão do estresse são fundamentais, mas se o eixo hormonal não for considerado, é comum o paciente não se recuperar plenamente. É preciso olhar corpo e mente juntos.

    Um Novo Horizonte no Tratamento Pesquisas recentes sugerem que a integração entre saúde mental e endocrinologia pode trazer avanços importantes. Avaliar hormônios como cortisol, testosterona, estrogênio, progesterona e TSH pode ajudar a diferenciar quando os sintomas são fruto apenas do estresse ocupacional ou se estão potencializados por deficiências orgânicas.

    A tendência, segundo especialistas, é que o tratamento do burnout passe a adotar uma abordagem multidisciplinar, que una psicólogos, médicos do trabalho e endocrinologistas.

    Conclusão O burnout continua sendo um problema social e psicológico da vida moderna. Mas, como lembra o Dr. Danilo Matsunaga, ignorar o impacto dos hormônios é deixar de lado um componente essencial da saúde.

    Ao trazer esse olhar integrado, a medicina não apenas trata sintomas, mas devolve vitalidade e qualidade de vida a quem enfrenta um dos males mais marcantes do século XXI.

    #claudelopes70 #drdanilomatsunaga #burnourt #harmonios #esgotamentoprofissional

  • Cirurgia robótica para tratamento do câncer de pulmão reduz riscos e acelera recuperação

    Cirurgia robótica para tratamento do câncer de pulmão reduz riscos e acelera recuperação

    Sem tosse persistente, falta de ar ou dor no peito, a auditora de contas públicas, Renilda Brito Santos (53), descobriu um câncer de pulmão por acaso. O diagnóstico precoce de um adenocarcinoma, no início deste ano, mudou sua rotina e a levou à cirurgia robótica, procedimento minimamente invasivo que garantiu não apenas a remoção do tumor, mas também uma recuperação rápida e menos dolorosa.

    “Não tive nenhum sintoma. Foi durante um acompanhamento para hipersensibilidade alérgica que os médicos perceberam uma alteração e recomendaram a biópsia”, contou Renilda. O exame revelou o tumor maligno e a necessidade imediata da cirurgia. O procedimento, realizado pelo cirurgião torácico Pedro Leite no Hospital Mater Dei Salvador (HMDS), foi um sucesso. “Graças a Deus e à competência da equipe, passei bem pela cirurgia e sigo agora em tratamento complementar com quimioterapia e medicação oral”, detalhou a paciente.

    A técnica utilizada no caso de Renilda envolve o uso de um robô que amplia a visão do cirurgião e permite movimentos mais precisos. Isso reduz riscos, sangramento, tempo de internação e acelera a recuperação. “Na cirurgia torácica robótica, temos uma visão tridimensional e instrumentos que reproduzem com extrema precisão os movimentos das mãos do cirurgião”, explicou o cirurgião torácico Pedro Leite, diretor do Núcleo de Cirurgia Torácica do Instituto Brasileiro de Cirurgia Robótica (IBCR).

    “Isso significa menos dor para o paciente, incisões menores e maior preservação da função pulmonar. É um avanço que já está transformando o tratamento do câncer de pulmão no Brasil e, na Bahia, não tem sido diferente”, completou o especialista.

    Diagnóstico precoce – De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de pulmão é o tipo mais letal entre os tumores malignos no Brasil, responsável por cerca de 30 mil mortes por ano. Os sintomas costumam aparecer tardiamente, o que dificulta o tratamento em estágios iniciais.

    O diagnóstico precoce faz toda a diferença. “Quando identificamos o tumor em fase inicial, as chances de cura podem superar 80%. Por isso, exames de rotina e acompanhamento médico contínuo são fundamentais, especialmente em pessoas com fatores de risco”, destacou Leite.

    Tratamento multidisciplinar – Além da cirurgia, o tratamento do câncer de pulmão exige acompanhamento contínuo de especialistas de diferentes áreas. Pneumologistas, oncologistas, cirurgiões torácicos e radioterapeutas costumam atuar em conjunto.

    “A abordagem integrada é importante. No Hospital Mater Dei, o paciente é acompanhado por uma equipe multidisciplinar, o que garante segurança em todas as etapas, do diagnóstico ao tratamento complementar”, comentou Pedro Leite.

    Renilda é acompanhada por oncologistas do HMDS, já realizou duas sessões de quimioterapia e seguirá com medicação oral por três anos. A rotina de cuidados é parte essencial para reduzir o risco de recidiva.

    Histórias como a de Renilda evidenciam a importância do acesso a tecnologias de ponta aliadas ao cuidado humano. Para ela, o acolhimento na unidade hospitalar foi tão marcante quanto a cirurgia em si. “Desde os médicos até a equipe de limpeza, todos me trataram com humanidade, carinho e competência. Isso quebrou o estigma que eu tinha de hospital e me fez enxergar o tratamento com mais leveza”, relatou a paciente.